terça-feira, 23 de abril de 2024

Cliente tem sempre "razão"?

 Pulando de 2015 para 2024, após uma grande pausa de quase dez anos sem atualizar nada por aqui. É, muitas águas rolam por baixo de nossa ponte né mesmo? A vida da gente dá tantas voltas e eis que me deparei com vontade de voltar a escrever aqui neste espaço já vintage!!!

Será talvez cansaço do frenesi das redes sociais e seus tribunais cada vez mais implacáveis?

Aqui no blog, a sensação que tenho é de uma calmaria onde o imediatismo das interações certamente não chega com tanto impacto. Deixo esse texto aqui, sabendo que as visualizações acontecerão em pouquíssimo número, as repercussões serão pouco induzidas e o feedback como retorno praticamente não acontecerá... 

Recorro hoje a esse espaço para um desabafo cansado, de quem continua gostando de realizar trabalhos desafiadores e criativos, porém sem muita paciência pra gente. 

Já tive clientes maravilhosos ao longo desses tantos anos de experiência. Outros nem tanto. Nesse intervalo sem muito me debruçar nessa tarefa, havia esquecido um pouco o que é suportar gente chata que vira cliente. E pior do que isso, quando essa pessoa chata, que vira cliente tava virando seu namorado. E em razão da imensidão de chatices entre outros adjetivos que vou economizar, acabou até o encanto que existia sendo esse o que me empolgou a experimentar modelagens masculinas!! 

Até então, eu nunca havia tentado costurar nada masculino. Era falta de oportunidade mesmo, e um pré julgamento de que seria difícil modelar roupas para homens e tal. 

Conheci o Jason Matias num curso onde a arte era o elo principal pra que essa parceria de sonhos se tornasse próxima do real... Começou com acessórios unissex até vir de fato, um pedido pra realizar um macacão funcional, confortável, pra trabalho!

Me amarrei nessa ideia e logo partimos pras primeiras imagens de inspiração. Porém a afirmação em fazer junto com a insegurança de quem nunca havia feito, deu lugar a um imenso espaço de tempo entre o pedido inicial e finalmente a peça pronta - durou meses! E junto com esses meses, vieram também as cobranças, as insistentes desqualificações, as quases desistências, a perseverança de quem desejava provar pra si mesma que não seria vencida pela misoginia recreativa do ficante que não entendia nada de costura, mas sabia tecer uma crítica cruel mesmo com todas as psicoeducações pra tentar cavar um mínimo de compreensão...


Continua...

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